Aline Fenker, girlboss da Nastra Shoes

A Aline é uma pessoa daquelas que eu queria sentar pessoalmente num bar, tomar um drink bem exótico com ela e conversar até o gerente colocar a gente pra fora.
Sério.
É daquelas pessoas que é tão cheia de conteúdo e coisas a oferecer, que a gente não sabe nem como puxar assunto.

Ela criou a Nastra Shoes, conheci ela através do instagram da marca e me apeixonei, primeiro pela originalidade dos calçados, depois pelo posicionamento.

Falei com a Aline, se ela podeira dar uma palavrinha por aqui, e ela se mostrou ainda mais maravilhosa, mandando um texto ótimo.
Ela é fonte de inspiração e criação, e é isso que busco muito trazer por aqui, para inspirar cada vez mais mulheres a mostrar sua arte e seus produtos.

Olha só:

Como nasceu a Nastra e por que o desejo de romper barreiras?

Antes de criar a Nastra eu trabalhei durante 5 anos no setor calçadista na Louloux (uma marca que já não existe mais), como assistente de estilo e diretora de marketing. Já era uma marca que possuía um propósito bem bacana de reutilizar matéria prima de outras marcas. Foi lá que descobri que isso era possível e era uma alternativa possível para diminuir o impacto ambiental na produção. Como era uma marca pequena, em dado momento eu sabia que não teria mais para onde crescer, e senti o desejo de alçar uma carreira solo. Foi nesse momento que veio a ideia da Nastra. Porém eu sabia que gostaria de ter uma marca mais inclusiva em termos de numeração, pois existem muitas mulheres que calçam acima de 39, e também homens e possuem dificuldade de encontrar um sapato bacana com informação de moda diferenciada. Eu sempre fui apaixonada por arte e cultura pop, foi daí que surgiu a ideia de juntar todas essas paixões e propósitos na construção da Nastra.

Quais barreiras a marca vem combater?

O mercado calçadista brasileiro ainda é conservador demais na criação.
As marcas visam apenas lucro e por isso continuam engessadas copiando modelo do exterior, com medo de arriscar desenvolvendo produtos com alma genuína. Essa é uma das barreiras que eu gostaria de lutar contra. Prezo muito a minha liberdade criativa e o fato de poder experimentar e sair fora dessa bolha do setor calçadista. Outra questão que a Nastra bate de frente é o conceito de gênero. Os sapatos não possuem distinção de “feminino” ou “masculino”. A numeração dos modelos vai do 33 ao 44, e são feitos para quem se agradar deles visualmente.

Como é ser uma marca com propósitos tão bem definidos?
O consumidor está preparado para isso? Por quê?

Sempre acreditei que o consumo é um ato político. Nossas escolhas e onde decidimos gastar o nosso dinheiro dizem muito sobre quem nós somos. Poder passar essa mensagem adiante e utilizar a marca como uma plataforma para fazer as pessoas refletirem sobre questões que permeiam a nossa sociedade é muito gratificante. Existe uma pequena parcela dos consumidores que já está atenta e busca marcas com propostas genuínas, porém sei que existem muitas pessoas que sentem um certo desconforto vendo uma proposta que bate de frente com velhos hábitos e valores defasados. Tudo que é diferente assusta de início, mas se eu conseguir algum tipo de reflexão dessa pessoa para ela abrir um pouco a mente, já vai ter valido a pena.

Conheça a Nastra no Instagram e no site

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<3

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